Me sinto só
Com ó de dó
E r de dor
Me sinto só
Com ó de dó
E r de dor
A poesia que antes escrevia
E se descrevia enquanto me dividia
Agora são resquícios
Farelos
Enquanto os brilhantes constantes
Findaram
A solidão que me preenche,
grita!
Percorrendo invernos singelos.
O sol da manhã que refresca meus olhos
Volta todas as noites como eclipse anular
Para me lembrar
Que não há nada neste mundo
Que não despenque pelo ar.
O tempo está ótimo, mas sinto falta da primavera
A última pessoa que eu pensei que pudesse me escutar e me entender não o pôde fazer.
Minha última esperança se foi.
Se algo acontecer comigo, tenho certeza que você encontrará alguém melhor. Alguém que não tenha tantas turbulências, alguém em que seus conselhos façam mais efeito.
Queria que nos meus pensamentos passados estivesse a vontade de ver as estrelas e não a de me trancar em um quarto sem ventilação com monóxido de carbono queimando, tendo como único medo, possíveis sequelas.
Não tenho ninguém.
Fui no fundo do poço
E não voltei
Em cada folha branca
Que desenhei
Tenho estado cansada
Afagada
Sem rumo
Abafada
Em um mundo que não imaginei
Que não quis, nem sonhei
Tenho estado, triste.
Sem valor ou
Desvalorizado
Esquecido ou
Acabado
Do lado direito do peito
Jaz a perda da paz
Eu te amo!